À balzaquiana
senhora, dona de si.
Escolhe com sabedoria e desvelos,
com visão mais aguçada,
não atirando contra si
algozes outros, que ficaram
no passado e que não voltarão
para lhe afligir.
A balzaquiana senhora
tem sorriso doce em feições graves,
tem olhar singelo em olhos vermelhos,
tem amenidade na acidez dos dias.
Pois sabe que e por tudo o que passou
seu talhe e tez é de bambu
– verga, mas não tolhe,
a menos que tolhida, a última ceiva.
A balzaquiana senhora
sabe que os dias e a idade
só serviram para lhe deixar
mais sensata e dona de si.
05/02 de 2011