domingo, 15 de maio de 2011

Mulher

Das fronteiras, guardos os farrapos 
dos caminhos, guardo os amigos
da vida, guardo a leveza cruel de existir
em minha condição super-hominizada de ser


posso fazer tudo
mil e um planos
inventar arcos, pular cerco
estirar cabelo, beijar amor
posso fazer mil artes
que a nenhuma entregarei
a vontade de continuar
deslizando nas curvas
advinhando as vontades
que só o diário mais íntimo conhece
sou mulher, sou feminil tigre
sou força, luta, veneno
sou vida, carrego no peito o fado
sou mulher, sou feminil tigre
não como não me cantar alegrias
pois aonde vou, vou motivando
cantos, festejos e companhias
pois sou vida, mulher, feminil tigre.


Shannya Lacerda

Em toda mulher... o desejo íntimo de acarinhar a vida, embalá-la e encaminhá-la faz-se presente
pois há o que se pode chamar de vontade de viver, de tomar a vida em mãos
e fazer dela o presente nunca ausente.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Metempsicose



Da casa vento
– Moradias encasteladas –
Vejo movimento
– De todos os que lá nunca foram –
Refaço e desfaço
– As imagens e histórias caiadas –
Tudo o que não há contento
– Deixaram-se por lá em fagulhas –
Deixo também eu, etéreo movimento.


por Shannya Lacerda
Natal, 11/05 de 2011